Treinador afirma preferir grama natural, mas pontuou alguns fatores que atrapalham o uso no futebol brasileiro
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Abel Ferreira disse que a extensão do calendário e a falta de fiscalização torna impossível a manutenção de gramados em boas condições no Brasil.
Foto: Reprodução/YouTube
Abel Ferreira se posicionou diante do debate sobre os gramados de futebol no Brasil. Em coletiva após a vitória sobre o Botafogo-SP, pela fase de grupos do Paulistão, o treinador disse entender a reclamação dos atletas, que se manifestaram contra os sintéticos, mas pontuou outros fatores que atrapalham o uso do gramado natural no futebol brasileiro.
A campanha contra a grama sintética iniciou após o clássico entre Palmeiras e São Paulo, quando Luis Zubeldía reclamou do gramado sintético do Allianz Parque. Durante esta semana, o debate ganhou força com a publicação nas redes sociais de uma série de atletas, entre eles Neymar, Thiago Silva, Dudu e Gabigol, por exemplo, dizendo que "o futebol é natural, não sintético".
"Eu entendo o Neymar. No Mundial, a qualidade do gramado natural era melhor que o melhor carpete que tenho em casa. Mas se a Uefa fiscalizar os gramados do Brasil, passava um, se calhar dois", disse Abel.
Para Abel, a extensão do calendário e a falta de fiscalização torna impossível a manutenção de gramados em boas condições no Brasil. "Gosto de tudo natural, é o que eu mais gosto. Agora, não há como, aqui no Brasil, um gramado natural acompanhar a densidade de jogos. É impossível", afirmou.
Um dos pontos apontados pelos jogadores é o aumento do número de lesões no sintético. Abel Ferreira descarta a hipótese, apesar de confirmar que há problemas nas articulações.
"Não está escrito cientificamente que um gramado sintético provoca mais lesões que um gramado ruim. O que acontece no sintético por experiência é que em termos de articulação sofrem mais, mas é uniforme, não tem buracos", disse o treinador.
No Brasil, além do Palmeiras, Botafogo, Athletico-PR e Atlético-MG também contam com gramados sintéticos em seus estádios. Após reformas, a Arena Barueri e o Pacaembu também optaram por este tipo de piso.
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