O tempo passa, mas, as coisas não mudam muito. “Continuamos a ser a colônia, um país não de cidadãos, mas de súditos, passivamente submetidos às ‘autoridades’ – a grande diferença, no fundo, é que antigamente a ‘autoridade’ era Lisboa. Hoje, é Brasília” (Roberto Campos).
RONDÔNIA TEM CRESCIMENTO DE 4,1% NA ABERTURA DE EMPRESAS EM 2024
Com os projetos “A Junta junto do Empreender” e “Projeto Permanência”, o governo do estado busca ajudar na sustentabilidade dos novos negócios. A Junta Comercial do Estado de Rondônia (Jucer) testa soluções para o uso de Inteligência Artificial (IA) com o objetivo de tornar o processo de registro das empresas mais ágil e eficiente. Como consequência Rondônia segue avançando, em termos de simplificação da abertura de novos negócios, tanto que, em 2024, foram registradas 26.434 mil novas empresas, um crescimento de 4,1% em relação ao ano anterior, conforme a Jucer. Os avanços na desburocratização e no estímulo ao setor produtivo contribuíram também, para a redução na taxa de desemprego. No terceiro trimestre de 2024, Rondônia registrou 2,1% de desemprego, uma queda de 36% em relação ao mesmo período de 2023, quando a taxa era de 3,3%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é três vezes menor que a média nacional. Contudo deve-se notar que a taxa de desemprego não faz distinção entre empregos formais, informais e subempregos, de forma que, em Rondônia, 50% dos trabalhadores estão ocupados no setor informal. Também é preciso ressaltar que a grande maioria das empresas abertas são de microempreendedores individuais. E, por fim, que embora a modernização da Jucer tenha melhorado sensivelmente o tempo de abertura das empresas o grande problema continua a ser o alvará de funcionamento, que é atribuição dos municípios e acaba sendo o grande empecilho para as empresas serem abertas num tempo menor. Sem contar com os problemas que a legislação ambiental também acarreta aos empreendedores.
RESULTADOS DA OPERAÇÃO HILEIA
Desencadeada com o objetivo de combater o desmatamento ilegal e prevenir queimadas, mal começadas suas atividades, a Operação Hileia, iniciada em11 de março, já apresenta resultados. A ação é realizada pelo governo de Rondônia, por meio do Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar de Rondônia em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), com 27 fiscalizações, efetuadas 17 prisões, registradas 26 ocorrências, apreendidos sete tratores, um deles recuperado por ser proveniente de furto, três Caminhões, um veículo, três motosserras, mais de 15 metros cúbicos de madeira in natura e 651 hectares de áreas embargadas. Estes resultados parciais da Operação Hileia demonstram que a operação reflete o compromisso da administração em preservar o meio ambiente e garantir a sustentabilidade dos recursos naturais. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM Regis Braguin, a operação será intensificada nos próximos dias, com equipes atuando estrategicamente para coibir delitos ambientais e proteger o meio ambiente.
NOTA DE PESAR
Nesta segunda (17) faleceu o coronel Walnir Ferro de Souza, aos 76 anos. O coronel Ferro, como era conhecido, foi o único rondoniense, até hoje, a ter sido comandante da Polícia Militar de Rondônia e era filho de militar e egresso da Guarda Territorial. Além de muito respeitado por sua trajetória, Ferro possuía um amplo círculo de amigos. É uma grande perda e, neste momento triste, desejamos nos solidarizar com a família e os amigos.
CRESCIMENTO PREVISTO, EM 2025, DE UM FATURAMENTO DE R$ 216 BILHÕES
O PIM (Polo Industrial de Manaus) deve entrar o segundo trimestre com projeções otimistas de crescimento por conta do desempenho positivo de 2024 e pelas perspectivas favoráveis para os principais setores produtivos instalados. É o que prevê as estimativas do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), que espera um faturamento do PIM de R$ 216 bilhões em 2025, um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Isto também se baseia em que, na primeira reunião do ano, foram aprovados incentivos pelo CODAM (Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas), de 42 novos projetos industriais, sendo 14 de implantação de novas fábricas e 28 focados na diversificação de produção – um total de mais de R$ 1,5 bilhão em investimentos, e a previsão de geração de mais de 2.200 empregos. E esta foi só a primeira das onze reuniões previstas e, em cada reunião, serão aprovados novos projetos. Entre outras coisas existe a crença de que, em 2025, o crescimento será puxado, principalmente, pelos segmentos de duas rodas, eletroeletrônicos, ar-condicionado e plásticos. Em 2024, o setor de motocicletas, por exemplo, registrou um aumento expressivo de 11,1% na produção, com cerca de 1,7 milhão de motos produzidas. Para este ano, a expectativa da Abraciclo prevê a produção de 1,8 milhão de motos. Também, o que se considera um grande marco para a expansão da ZFM (Zona Franca de Manaus) é o interesse, já demonstrado, de empresas especializadas fabricarem drones em Manaus.
A SEMANA É MARCADA PELAS DECISÕES SOBRE OS JUROS
O dólar à vista, na última semana, encerrou cotado a R$5,7451 para venda, segundo a mesa de operação de câmbio comercial e turismo da Ourominas. Esta semana, o mercado aguarda a decisão de juros dos Estados Unidos na quarta-feira, e a decisão do Copom no Brasil, também no mesmo dia. Nos EUA, espera-se que a taxa de juros seja mantida, mas o mercado projeta três cortes de 0,25% ao longo do ano, e o comunicado pós-decisão do Fed será crucial para avaliar preocupações com inflação e emprego. Já no Brasil, espera-se um aumento de 1% na Selic, elevando a taxa para 14,25% ao ano. A espera é do que estará no comunicado do Copom, que pode indicar a trajetória futura dos juros. O mercado de trabalho segue forte, a atividade econômica desacelerou, a inflação permanece acima do teto (com tendência de continuidade até julho), e o endividamento público mostra sinais de controle por conta do orçamento ainda não ter sido aprovado. Este cenário será determinante para as decisões do Copom. Teoricamente, o aumento dos juros no Brasil e a manutenção da taxa nos EUA poderiam fortalecer o real, porém, mesmo assim, o mercado prevê o dólar perto dos R$ 6,00 no final do ano.