E nesta época a progressão deles ainda era aritmética. “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento” (Stanislaw Ponte Preta).
PREFEITURA SE MOBILIZA PARA EVITAR PROBLEMAS COM A CHEIA DO MADEIRA
A Prefeitura de Porto Velho, com o aumento do nível das águas do rio Madeira no perímetro urbano e nas comunidades ribeirinhas, instalou uma Sala de Situação montada por meio de um sistema de comando de operações e incidentes da Defesa Civil. Para prevenção, segurança e garantia do bem-estar da população a Sala de Situação conta com a participação de servidores do Governo de Rondônia, como policiais e bombeiros militares, que estão à disposição das ações de apoio às comunidades afetadas com o avanço da água. O prefeito Léo Moraes, na Sala de Situação, se reuniu com membros do setor produtivo da capital rondoniense para articular alianças e estratégias integradas para mitigar os impactos da cheia nas comunidades por considerar que a integração com o Governo do Estado e representantes do setor privado é de extrema importância para que se evitem tragédias e garanta a integridade dos locais mais afetados.
O ETERNO DESRESPEITO AOS INTERESSES LOCAIS
Cheia do Madeira não é nenhuma novidade. Embora sempre acabe sendo de uso político. A última grande cheia de 2014, que disseram ser culpa das usinas (quanta loucura não se diz) reviveu a solução proposta na década de 70, no século passado, quando o ex-governador do Território, Humberto da Silva Guedes, já havia proposto um muro de contenção para o rio Madeira, em Porto Velho. Não se deu atenção ao que pedia na época, mas a promessa voltou a existir em 2014, mas, como sempre, foram só promessas. Como outras que se amontoaram no caminho. Lembro sem muito esforço do gasoduto, da usina de Tabajara, da ferrovia para aliviar a BR-364. Investimento público para Rondônia é um parto, mas um parto sem tempo determinado, sempre longo. As obras parecem sempre ser decenais ou, como a sede da Polícia Rodoviária Federal ou o Hospital Universitário ficarem como uma prova do descaso com o dinheiro público. Nem vou lembrar que gastaram mais de R$ 2 bilhões com as pontes do Madeira e de Manaus para serem usadas numa estrada que não termina nunca: a BR-319. Se houvesse o mínimo de respeito com a população de Porto Velho a contenção do Madeira já teria sido feita. Investimentos públicos somente são feitos em Rondônia quando servem a interesses externos, como foi o caso das usinas e como está sendo o caso da concessão da BR-364.ABRIL COMEÇA COM AUMENTOS DE CUSTO
Abril começa de forma bastante pesada para os consumidores brasileiros. Neste dia primeiro, é a pura verdade, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu o novo teto de preços dos medicamentos vendidos em farmácias e drogarias. O ajuste máximo de preços será de 5,06%. Também, como efeito da decisão foi tomada na 47ª Reunião Ordinária do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e DF (Comsefaz), em dezembro de 2024, Consumidores de dez estados serão impactados pelo aumento do ICMS, conhecido como “taxa das blusinhas”. Os estados aumentaram a alíquota de 17% para 20%, inicialmente são Acre; Alagoas; Bahia; Ceará; Minas Gerais; Paraíba; Piauí ;Rio Grande do Norte; Roraima e Sergipe. Para completar também foi anunciado que os preços das bebidas de café deverão custar mais devido ao aumento dos custos de produção.
OVOS DE PÁSCOA 9,5% MAIS CAROS, SEGUNDO A FIPE
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou que os ovos de chocolate ficaram 9,5% mais caros que em 2024 e que, nos últimos três anos, acumularam um aumento de 43% nos preços. Alguns itens subiram muito acima da média dos ovos. O chocolate, por exemplo, aumentou 27% neste ano em relação à Páscoa do ano passado, enquanto os bombons encareceram 13,5%. De acordo com análise da Kantar, o último semestre de 2024 registrou o início da alta de preço do chocolate, com 7% de avanço comparado ao 2º semestre de 2023, o que diminuiu as compras em todas as classes sociais, que com dinâmicas diferentes, buscaram o equilíbrio do bolso. Ainda de acordo com a divisão Worldpanel da Kantar, líder em dados, insights e consultoria, o aumento do preço do cacau ainda não impactou o consumo de chocolates dentro do lar, e não deve afetar negativamente a Páscoa deste ano, seguindo tendência vista em 2024. Assim o consumidor brasileiro deve continuar fazendo escolhas para equilibrar o bolso e seguir comprando a categoria, porém apostando em opções mais econômicas, como barras, caixas de variedades e bombons.
INÍCIO DE ANO DE INCERTEZAS E VOLATILIDADE
O Boletim Focus desta semana veio com revisões cirúrgicas, mas nem por isto reveladoras: um leve recuo na projeção do PIB (de 1,99% para 1,98%), a inflação reajustada para 5,65%, e dólar recuando de R$ 5,98 para R$ 5,95. O pano de fundo é o mesmo: incerteza no cenário econômico com o Brasil dançando entre medidas de crescimento num momento de juros altos e consumo pressionado e perspectivas ruins. A conclusão é de que o mercado não sabe o que esperar nem o que fazer. Estamos, portanto chegando ao final do 1º trimestre do ano sem uma percepção do que teremos pela frente e isto se traduz num início de ano que vem sendo marcado por incertezas e volatilidade. E o dia 02 de abril, no cenário externo, com a imposição maciça de tarifas já anunciadas pelos EUA não tem o dom de trazer nenhuma pista de coisas podem melhorar.