Apesar de ter sido decisivo na classificação do Palmeiras para as quartas de final da Copa do Mundo de Clubes, Paulinho teve de deixar o campo pouco depois de marcar o gol da vitória sobre o Botafogo, no sábado (28). A substituição, feita ainda na prorrogação, evidenciou a persistência de uma lesão que o acompanha desde 2024: uma fratura por estresse na tíbia da perna direita.

Foto: Paulinho em ação pelo Palmeiras ( Cesar Greco/Palmeiras) / Gávea News
O atacante, revelado pelas categorias de base do Vasco e com passagem recente pelo Atlético-MG, convive com dores intensas desde que foi diagnosticado no primeiro semestre de 2024. À época, optou por continuar atuando, mesmo com desconforto. Chegou a receber infiltrações para aliviar os sintomas antes de ser operado em dezembro do ano passado. Após quatro meses de recuperação, estreou pelo Palmeiras em abril de 2025.
Desde então, Paulinho tem sido utilizado com cautela. Segundo o departamento médico do clube, ele estava autorizado a atuar por cerca de 30 minutos por jogo durante o torneio internacional. No entanto, contra o Botafogo, ficou em campo por 46 minutos, o que excedeu a recomendação inicial. "Quanto mais corre, mais estressa e mais machuca", afirmou o jogador após o duelo, visivelmente afetado pelas dores.
O técnico Abel Ferreira confirmou que o atacante será submetido a uma nova cirurgia logo após o término da participação do time no torneio. "Sabíamos que poderíamos contar com ele por 30 minutos. Após o Mundial, precisará ser operado novamente", disse Abel, destacando a importância do camisa 10 mesmo com as limitações físicas.
A diretoria do Palmeiras e o Núcleo de Saúde e Performance se anteciparam ao cenário e realizaram todos os exames pré-operatórios antes mesmo do início da Copa do Mundo de Clubes. Conforme apuração, o novo procedimento será menos invasivo, consistindo em uma raspagem no local da fratura. A expectativa é que Paulinho fique afastado por dois a três meses, podendo retornar nos momentos finais da temporada de 2025, dependendo da evolução clínica. Tais informações foram divulgadas pelo site Nosso Palestra.
Durante o período no clube, Paulinho participou de 15 partidas, sendo titular em apenas uma ocasião. Sua média de tempo em campo é de 27 minutos por jogo, reflexo da gestão cautelosa adotada pela comissão técnica. Apesar disso, ele tem conseguido entregar bons resultados quando acionado.
Especialistas apontam que, em casos como o de Paulinho, o retorno precoce pode comprometer a consolidação óssea e aumentar a necessidade de múltiplas intervenções. "O fato de ele ter continuado jogando com dor contribuiu para a evolução da lesão e a necessidade de duas cirurgias", avaliou o médico Adriano Leonardi.
A fratura por estresse na tíbia é comum entre atletas de esportes de impacto. Em situações mais graves, como a de Paulinho, o tratamento conservador deixa de ser suficiente, sendo necessário recorrer à cirurgia com colocação de placa, parafusos ou haste intramedular. A recuperação, nesses casos, pode variar de quatro a oito meses, dependendo de fatores como a resposta do organismo e a qualidade da reabilitação.
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