Presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano
Porto Velho, Rondônia – Em uma reunião de emergência, liderada pelo presidente da Assembleia Legislativa (ALE-RO), Alex Redano, reuniu na noite de ontem (11) os mais altos escalões dos três poderes do Estado. O objetivo? Debater a delicada situação das reservas que, segundo relatório, foram criadas de forma irregular. O encontro, teve início às 16h e se encerrou às 19h10, foi descrito como "extremamente produtivo" por Redano.
O evento contou com a presença de figuras proeminentes do Governo do Estado, incluindo o Procurador-Geral do Estado: Alexandre Jésus, e o secretário-chefe da Casa Civil, Elias Rezende. O Ministério Público foi representado pelo promotor Thiago Nunes, enquanto o Tribunal de Justiça marcou presença com seu presidente, Raduan Miguel, e demais desembargadores. A união de forças desses órgãos, articulada por Redano, é inédita em um contexto de emergência, sinalizando a gravidade e a complexidade do tema em pauta.
Durante a sessão, foram ouvidos representantes de diversas reservas, incluindo os históricos "soldados da borracha", que puderam expor suas realidades. O ponto central do encontro foi a apresentação de um relatório da CPI, presidida por Redano, que, segundo o documento, comprovou a criação irregular das reservas. O relatório aponta que a demarcação ocorreu "sem audiências, sem estudos técnicos, sem o devido trâmite legal", o que levanta sérias questões sobre a legalidade dos procedimentos passados.
A reunião não se limitou a constatações. Sob a batuta de Redano, foram definidos encaminhamentos concretos para o futuro. O Poder Judiciário assumiu o compromisso de promover, já na próxima semana, um encontro crucial no PEMEC – o núcleo especializado em buscar acordos jurídicos. Este núcleo, que contará com representantes do Ministério Público, Assembleia Legislativa, Defensoria Pública, Tribunal de Contas e outros órgãos essenciais, terá a missão de avançar na busca por soluções.
A visão predominante entre os participantes, ecoada por Redano, é que o "diálogo e a construção de um grande acordo" são o caminho mais inteligente. A preocupação é evitar o inchaço das cidades, já sobrecarregadas, com o deslocamento de famílias das áreas em questão. Foi ressaltado que as áreas já estão "antropizadas", ou seja, transformadas pela ação humana, sendo atualmente utilizadas para pasto, café e lavoura. A ideia é permitir que essas pessoas "continuem trabalhando e produzindo com dignidade em suas terras".
A mobilização da sociedade civil foi fundamental para que o Estado voltasse o olhar para essa causa. Agradecimentos foram feitos a todos que se manifestaram e deram força, culminando no que Redano considerou um "dia de vitória", onde "muitas sementes foram plantadas" e "diversas soluções foram discutidas". A mensagem final reforça a esperança e a determinação em continuar a luta por justiça e dignidade para as famílias envolvidas.
Redação Diário O Norte