O técnico Abel Ferreira, sempre incisivo em suas entrevistas, fez duras observações após a vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Fluminense, no Maracanã, na noite desta quarta-feira. Em tom firme, o português defendeu o jovem Vitor Roque, autor de boa atuação, e condenou o que chamou de "críticas selvagens" ao jogador, reforçando que o Palmeiras tem uma equipe preparada tanto para o presente quanto para o futuro.

Foto: Vitor Roque, atacante do Palmeiras ( Divulgação/ Palmeiras) / Gávea News
Abel foi direto: "Isso deixam marcas emocionais nos jogadores"
Ao comentar o momento do time e o desempenho do jovem Roque, Abel não poupou palavras:
"Quem teve que ouvir foi ele. Ele já sabe. Para ser jogador nessa país e aguentar as críticas selvagens que fazem a jogadores com 20 anos, independente se ganham muito ou pouco, chamam de bagre. Tem ódio. Isso deixam marcas emocionais nos jogadores. Estamos a falar de um jogador que é capaz, e como nós parece que vivemos em um mundo perfeito, que todo mundo faz tudo perfeito no trabalho".
A fala reflete a preocupação de Abel com o ambiente ao redor dos jovens atletas. Cabe ressaltar que, segundo o treinador, o apoio emocional é fundamental para o desempenho em campo. Por isso, ele defende um ambiente mais acolhedor no futebol brasileiro.
Abel Ferreira sobre Vitor Roque: "Agora vão dizer que ele é o Pelé. Mas não é"
O comandante do Verdão também criticou a oscilação entre o endeusamento e a rejeição de jogadores, comportamento comum entre torcedores e parte da imprensa:
"Aqui é 8 ou 80. Agora vão dizer que ele é o Pelé. Mas não é. É o mesmo Roque, tem defeitos e virtudes como todos. Claro que é bom, aumenta a confiança dele. É manter os pés na terra".
Além disso, Abel reforçou que o Palmeiras tem um elenco equilibrado e em constante desenvolvimento, sendo assim, o desempenho positivo de Roque deve ser tratado com maturidade.
Segundo o técnico, o mérito está na confiança no processo. Vale destacar que ele citou a importância da diretoria e da comissão técnica para blindar os jogadores nos momentos difíceis:
"O único mérito, se é que tive, foi confiar no trabalho dele. Nossos capitães fizeram o trabalho que teve que fazer. Nosso estafe técnico, nossa diretoria".
Dessa maneira, Abel Ferreira mostra que sua gestão vai além do campo tático, ela também passa por um olhar humano e estratégico sobre o elenco. Desse jeito, o Palmeiras segue firme na busca por estabilidade e títulos. Com isso, a fala do treinador se torna um recado direto à crítica desmedida e um sinal de confiança no futuro alviverde.
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