A intensa agenda de jogos do Fluminense e sua participação no Mundial de Clubes da FIFA 2025 têm repercutido dentro e fora de campo, tanto pelo desempenho da equipe quanto pelos desdobramentos extracampo envolvendo treinadores e atletas. No centro dessa movimentação estão as falas de Renato Gaúcho, Abel Ferreira, Enzo Maresca e Jhon Arias.
Durante entrevista coletiva antes da semifinal do torneio, o técnico do Chelsea, Enzo Maresca, demonstrou surpresa ao ser informado de que o Fluminense disputou mais de 70 partidas na temporada. "Para mim, pessoalmente, não é que não seja um jogo importante. Chegamos aqui com duas situações diferentes. Nós jogamos 63 partidas, os europeus chegam diferente, em outra condição. A vontade de ganhar é a mesma dos dois lados, o que acontece é que as condições são diferentes. Os brasileiros chegam aqui depois de quantas partidas?", questionou, sendo interrompido por um jornalista brasileiro com a resposta: "setenta".

Enzo Maresca, técnico do Chelsea (Foto: Reprodução/Chelsea)
Enquanto isso, no lado tricolor, Jhon Arias optou por manter o foco na competição e evitou entrar em especulações sobre uma possível saída para o futebol europeu. O atacante colombiano valorizou o momento que vive no clube e deixou seu futuro em segundo plano. "Não vem muito ao caso no momento. Estou curtindo muito o presente. Tem sido um grande Mundial. Na minha visão pessoal tem sido um lindo Mundial, tenho desfrutado. Essa sensação de que tem sido um grande momento para mim, para minha carreira. Tento desfrutar disso, aproveitar ao máximo. Minha cabeça só está virada para o jogo amanhã".
O discurso do jogador colombiano reflete a postura adotada por todo o elenco, que mantém a concentração voltada à disputa da semifinal contra o Chelsea, marcada para esta terça-feira (08 de julho), às 16h (horário de Brasília), no MetLife Stadium, nos Estados Unidos. "Momento importante para o torcedor, para o clube, somos conscientes dessa responsabilidade, do tamanho do que estamos fazendo até agora. Mas o trabalho não está terminado. Temos grande possibilidade de um triunfo inédito para o clube, para o Brasil e a América do Sul. É uma conquista do continente inteiro, representar nossa cultura, nossas raízes".

Renato Gaúcho, técnico do Fluminense fala sobre o Mundial de Clubes
Foto: Gávea News
Em um tom mais descontraído, Abel Ferreira e Renato Gaúcho protagonizaram uma troca de elogios e convites incomuns no cenário do futebol brasileiro. Após o técnico do Palmeiras expressar o desejo de jogar futevôlei com Renato, o comandante do Fluminense respondeu de forma bem-humorada. "Eu fiquei muito contente com os elogios dele (Abel), mas nessa parte ele foi mal (risos). Com todo o respeito a Copacabana, é Ipanema (a melhor)".
Renato ainda reforçou o convite, incluindo um brinde para marcar o encontro: "Mas quando eu voltar para o Brasil, quando a gente tiver um tempinho, pode ter certeza que eu vou cuidar dele para jogar um futevôlei. E tomar aquele chopinho porque ninguém é de ferro, né? Dá para aprender (depois de velho). A gente ensina tanta coisa para os nossos jogadores que entre a gente pode ter certeza que vai dar jogo".
Esse clima leve entre os treinadores contrasta com a pressão do calendário e os compromissos de alto nível que o Fluminense encara no Mundial, diante de adversários como o campeão europeu. A maratona de partidas do clube brasileiro continua sendo um ponto de destaque, especialmente ao se comparar com o cronograma das equipes europeias.
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