Pastor diz que o ato "não é sobre tatuagem", e sim "liberdade"

Foto: Redes Sociais
(Via O Globo) A Igreja Reino, localizada em Balneário Camboriú (SC), tem sido mais uma vez alvo de críticas, especialmente por parte de evangélicos, após publicar um vídeo de uma sessão de tatuagens promovida para um grupo de fiéis. No evento, os participantes receberam a mesma referência da citação bíblica “Mateus 24:14”, que fala sobre “pregar o evangelho em todo o mundo”. A ação foi descrita por internautas como desvirtuosa e feita para gerar engajamento.VÍDEO: Igreja dedicada a Lúcifer celebra o primeiro casamento ‘Iuciferiano’ do Brasil
No vídeo compartilhado no perfil de Eduardo Reis, pastor e fundador da Reino, ele descreveu a sessão de tatuagens como uma forma de “não esquecer” do propósito bíblico “nem por um segundo”. Alguns fiéis, em sua maioria jovens, deram depoimento sobre o que os motivou a participar da ação.
— É mais do que uma marca. É algo que vai nos lembrar daquilo que Cristo nos chamou para fazer nessa terra — disse uma das jovens.
O ato, no entanto, gerou duras reações por parte dos próprios evangélicos, que contestaram a postura do pastor. Um deles escreveu: “Quanto vale o hype? Pastor Eduardo Reis, você tem uma geração sobre seu cuidado! Não os leve por esse caminho. Sei que és homem de Deus, inteligente… Mas seja zeloso pelo o que Senhor te confiou!”.Cidade em Goiás é a mais espírita do Brasil, aponta IBGE; veja qual é
Outro internauta também comentou: “Não era mais fácil fazer uma pulseira? Será que pegar um tema tão sensível no meio da igreja e introduzir como ação coletiva na congregação é o caminho mais sábio? Pensando pelo lado do engajamento a resposta é bem óbvia mas pelo lado do propósito…”
Pastor defende ‘liberdade’
Após a repercussão do evento, o pastor Eduardo publicou uma resposta às críticas. No vídeo, ele diz que tatuagem é “abominação” e que “detesta”, mas afirmou que decidiu fazer uma após um chamado de Deus. Segundo o pastor, “não é sobre tatuagem”, e sim “liberdade”.
— Coloquei uma porque senti no meu espírito que Deus queria que eu tivesse um memorial da missão que ele me deu. Eu não gosto de tatuagem, mas sou livre para fazer uma. Religião nenhuma no mundo vai me dizer o que eu faço ou não no meu corpo. Eu sou livre para ter, do mesmo jeito que eu sou livre para não ter se eu não quiser ter. Liberdade não é fazer o que eu quero. É não ter a obrigação de fazer o que os outros querem — pontuou o pastor.Andressa Urach revela desejo de abrir igreja: ‘Falar de Jesus com língua de cobra’
Venda de energéticos
Além da polêmica das tatuagens, no ano passado a Reino também foi alvo de críticas nas redes sociais por usar expressões em inglês e até comercializar energético de marca própria durante cultos. A igreja foi acusada de ser “descompromissada com o evangelho” e apenas frequentada por ricos.
As críticas à igreja começaram após um vídeo de uma frequentadora viralizar. Na gravação, ela mostra como é a rotina das “reuniões” realizadas no local. Com longas filas, os fiéis são recepcionados com comidas e bebidas, para, em seguida, irem para o espaço onde acontece as pregações. O ambiente de oração chama atenção pela estética de casas de show, com luzes neon coloridas.
No X, antigo Twitter, uma usuária comentou: “demorei um tempo para perceber que era uma igreja e não uma startup da Faria Lima” (avenida comercial em São Paulo). Outra escreveu que o templo religioso não tinha um “pastor”, mas sim um “coach de fé”. Termos como “linkedização”, “igreja de rico” e “startupização” também foram citados.
Na época, Eduardo Reis afirmou que as acusações seriam um “preconceito religioso e de classe”.
— Religioso porque isso não é elogio. A premissa que está subentendida é que gente rica não merecesse ouvir de Jesus, nem ter igreja – e se tiver, precisa ser estigmatizada. Também é preconceito de classe porque a maioria da membresia está longe de ser rica. Logo, é um juízo sobre a aparência das pessoas que vêm à Igreja Reino — afirmou Reis.
Após a repercussão do evento, o pastor Eduardo publicou uma resposta às críticas. No vídeo, ele diz que tatuagem é “abominação” e que “detesta”, mas afirmou que decidiu fazer uma após um chamado de Deus. Segundo o pastor, “não é sobre tatuagem”, e sim “liberdade”.
— Coloquei uma porque senti no meu espírito que Deus queria que eu tivesse um memorial da missão que ele me deu. Eu não gosto de tatuagem, mas sou livre para fazer uma. Religião nenhuma no mundo vai me dizer o que eu faço ou não no meu corpo. Eu sou livre para ter, do mesmo jeito que eu sou livre para não ter se eu não quiser ter. Liberdade não é fazer o que eu quero. É não ter a obrigação de fazer o que os outros querem — pontuou o pastor.Andressa Urach revela desejo de abrir igreja: ‘Falar de Jesus com língua de cobra’
Venda de energéticos
Além da polêmica das tatuagens, no ano passado a Reino também foi alvo de críticas nas redes sociais por usar expressões em inglês e até comercializar energético de marca própria durante cultos. A igreja foi acusada de ser “descompromissada com o evangelho” e apenas frequentada por ricos.
As críticas à igreja começaram após um vídeo de uma frequentadora viralizar. Na gravação, ela mostra como é a rotina das “reuniões” realizadas no local. Com longas filas, os fiéis são recepcionados com comidas e bebidas, para, em seguida, irem para o espaço onde acontece as pregações. O ambiente de oração chama atenção pela estética de casas de show, com luzes neon coloridas.
No X, antigo Twitter, uma usuária comentou: “demorei um tempo para perceber que era uma igreja e não uma startup da Faria Lima” (avenida comercial em São Paulo). Outra escreveu que o templo religioso não tinha um “pastor”, mas sim um “coach de fé”. Termos como “linkedização”, “igreja de rico” e “startupização” também foram citados.
Na época, Eduardo Reis afirmou que as acusações seriam um “preconceito religioso e de classe”.
— Religioso porque isso não é elogio. A premissa que está subentendida é que gente rica não merecesse ouvir de Jesus, nem ter igreja – e se tiver, precisa ser estigmatizada. Também é preconceito de classe porque a maioria da membresia está longe de ser rica. Logo, é um juízo sobre a aparência das pessoas que vêm à Igreja Reino — afirmou Reis.
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