Prefeitura do Rio anuncia expansão da CIVITAS com 20 mil câmeras até 2028. Sistema usa inteligência artificial e reconhecimento facial para apoiar ações de segurança pública.

A Prefeitura do Rio vai transformar a CIVITAS na maior central de vigilância urbana do país. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10) e prevê a instalação de 20 mil câmeras inteligentes até 2028, todas integradas a um sistema de inteligência artificial. A expansão reforça o uso de tecnologia para apoiar o combate à criminalidade, com foco em áreas de maior vulnerabilidade.
O prefeito Eduardo Paes classificou a iniciativa como um avanço em gestão e tecnologia: “Sem planejamento, foco e clareza de objetivos, é impossível combater a criminalidade. Com essas medidas, vamos implementar o maior centro de inteligência, vigilância e tecnologia no Brasil.”
Uma das principais novidades são os 56 portais de controle urbano, as chamadas “Fronteiras Digitais”, posicionadas em pontos estratégicos da cidade. O objetivo é impedir qualquer entrada ou saída sem registro, com uso de leitura de placas, cruzamento de dados em tempo real e análise de padrões de circulação. As câmeras serão capazes de identificar veículos clonados, movimentos suspeitos e realizar reconhecimento facial.
No coração da operação está a inteligência artificial IRIS, ferramenta desenvolvida pela própria Prefeitura. A IRIS cruza bases de dados em segundos, gera mapas de calor, identifica padrões de risco e reconhece rostos. A ideia é sair da lógica de resposta e avançar para uma atuação preditiva, prevendo ocorrências com base em horários, localizações e comportamento.
“Será possível realizar o trabalho de apoio às forças de segurança de forma muito mais rápida e eficiente”, destacou o vice-prefeito Eduardo Cavaliere.
A nova Sala de Situação da CIVITAS vai ocupar o espaço usado durante o G20, no Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio), no Centro da cidade. A central funciona com uma equipe multidisciplinar — físicos, matemáticos e geógrafos — que processam dados oriundos de 20 secretarias, além de informações do Disque Denúncia, Fogo Cruzado e da Central 1746.

“Transformamos dados em ação. A CIVITAS entra em uma etapa mais robusta, com mais tecnologia e maior integração. É inteligência a serviço do carioca,” afirmou Davi Carreiro, chefe executivo do projeto.
Desde que foi criada, em junho de 2024, a CIVITAS já contabiliza 160 mil alertas emitidos em tempo real, 6,1 milhões de leituras diárias de placas e apoio a mais de 2 mil investigações e operações policiais. Com a nova fase, a meta é ampliar ainda mais o monitoramento urbano — do Centro aos bairros periféricos — e consolidar o sistema como referência nacional em segurança pública baseada em dados.
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