Porto Velho/RO - O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) foi o centro de um momento de tensão e risadas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O episódio de deboche ocorreu durante o depoimento do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, na sessão de 2 de outubro de 2025.
O bate-boca entre o parlamentar de oposição e o ministro da CGU gerou gargalhadas entre a base governista, e o momento foi rapidamente compartilhado pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) nas redes sociais, ampliando a repercussão.
Bate-Boca e resposta irônica
Chrisóstomo iniciou sua fala na CPMI em tom de crítica, questionando a atuação da CGU e acusando o órgão de ter agido com atraso na investigação de denúncias recentes. O deputado chegou a mencionar escândalos passados, como o Mensalão e o Petrolão, e afirmou que a demora na fiscalização seria prevaricação.
A situação atingiu o ápice quando o deputado de Rondônia interpelou o ministro com uma pergunta direta: "Mas o senhor entendeu agora quem mexeu nisso, né?"
O ministro Vinicius Carvalho respondeu de forma lacônica e irônica: "Sim, a CGU."
A resposta desarmou a crítica e provocou risos imediatos entre os parlamentares presentes, um sinal de deboche da bancada aliada ao governo que foi rapidamente explorado nas plataformas digitais por figuras como o deputado Paulo Pimenta.
Histórico de tensões
O incidente se soma a um histórico de confrontos na comissão. Em setembro, o mesmo deputado Paulo Pimenta já havia atacado Chrisóstomo durante outra sessão da CPMI, usando o apelido depreciativo "Sargento Pincel" e acusando o parlamentar de disseminar mentiras, o que gerou protestos na época.
Na sessão de outubro, o clima seguiu tenso. O Coronel Chrisóstomo continuou seus questionamentos, pressionando o ministro sobre a suposta omissão em investigações relacionadas a sindicatos e até mencionando o irmão do Presidente da República.
O ministro da CGU, por sua vez, defendeu a atuação do órgão, garantindo que todas as ações ocorreram dentro dos prazos técnicos e legais, e que os processos foram abertos em tempo médio menor do que o usual na controladoria.
O presidente da CPMI, Senador Carlos Viana (PODEMOS-MG), precisou intervir diversas vezes, pedindo silêncio e buscando conter as interrupções para manter a ordem dos trabalhos.
Redação O Diário O Norte
