A superintendente-adjunta da Polícia Penal, Deisy Vergara, destacou que a formação específica em cinotecnia fortalece diretamente a atuação dos policiais penais
A Polícia Penal celebrou, nesta quarta-feira (3), a formatura da segunda edição do Curso de Formação em Cinotecnia e Emprego Prisional (CFCEP), promovido pela Escola do Serviço Penitenciário (ESP). A cerimônia ocorreu na sede da 9ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), em Charqueadas, reunindo autoridades e servidores de diversas áreas da segurança pública. O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom, destacou o papel estratégico do treinamento, voltado ao uso de cães de serviço no ambiente prisional.
Foto: Arthur Plácido/Ascom SSPS / Porto Alegre 24 horasPozzobom ressaltou que a atuação com cães exige preparo técnico e compreensão aprofundada do comportamento animal, reforçando que a qualificação é elemento central para a segurança e para o aumento da eficiência operacional nas unidades prisionais. Foram 15 servidores formados nesta edição, selecionados por meio de um rigoroso processo que incluiu prova teórica, avaliação psicológica, teste de aptidão física e entrevista com a coordenação do curso. A capacitação ocorreu entre 3 de novembro e 3 de dezembro, na própria 9ª DPR.
A superintendente-adjunta da Polícia Penal, Deisy Vergara, destacou que a formação específica em cinotecnia fortalece diretamente a atuação dos policiais penais. Segundo ela, o treinamento contribui para aprimorar as operações e proteger tanto os servidores quanto as pessoas privadas de liberdade. O curso, com mais de 240 horas-aula, abordou conteúdos como adestramento, detecção, busca e captura, atendimento pré-hospitalar e técnicas de intervenção prisional com cães, preparando os concluintes para atuação imediata nos canis regionais.
Sob coordenação do Grupo de Operações com Cães (GOC), o curso foi ministrado por cinotécnicos da Polícia Penal e instrutores convidados de outras instituições. Desde 2022, a formação segue a matriz curricular nacional para educação em serviços penitenciários, o que consolida sua importância dentro do sistema prisional gaúcho. O diretor da ESP, Felipe Schuster, reforçou que a cinotecnia é uma das formações mais complexas da grade, exigindo alto nível de disciplina e preparo técnico, e comemorou os avanços estruturados da corporação.
A cerimônia também prestou homenagem ao servidor Hugo Gomes e ao cão K9 Mohoc, vencedores do 8º Campeonato Sul-Americano de Cães de Trabalho, além de marcar o descerramento de uma placa alusiva ao curso, que será instalada no canil da 9ª DPR. A integração entre agentes e animais também esteve presente na Corrida da Polícia Penal, realizada no final de novembro, que reuniu 722 participantes. Atualmente, a Polícia Penal conta com cerca de 200 cães atuando em detecção de ilícitos, busca de foragidos e ações sociais, com diversos animais certificados internacionalmente por seu desempenho técnico.
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