Item foi encontrado durante as buscas da operação Tempus Veritatis, que investiga uma trama golpista no entorno de Bolsonaro
Porto Velho, RO - A Polícia Federal avançou na perícia da pepita de ouro apreendida na casa do ex-deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, durante a operação que apura a existência de um núcleo golpista no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são do jornal O Globo desta quarta-feira 13.
De acordo com a publicação, os policias concluíram que o item não seria brasileiro. As características da rocha levam os policiais a fazerem tal afirmação. A suspeita inicial, de que o ouro teria sido retirado de um garimpo ilegal da Amazônia estaria, portanto, praticamente descartada.O ouro amazônico costuma ser de rochas mais antigas e encontradas em fragmentos menores. O item apreendido com Valdemar vem, segundo a perícia, de uma formação geológica mais recente. Ainda não se sabe, porém, a procedência. As características apontam para garimpos nos Estados Unidos ou nos Andes, no Chile.
Outra conclusão dos policiais sobre a pepita de ouro é de que ela veio de garimpo artesanal. O tamanho e a integridade do ouro é que permitem essa conclusão. Segundo a publicação, ouro minerado em escala industrial, no geral, é fragmentado, visto que são explorados a partir de detonações de rochas. Não seria o caso da pepita de Valdemar.
A perícia permitiu ainda a conclusão de que a pepita do líder do PL é rara e seria um item de colecionador. Um acelerador de partículas será usado para tentar determinar a origem exata e, assim, finalizar o relatório.
Por fim, os investigadores chegaram ainda a uma conclusão de valor do item. De acordo com o jornal, a pepita está avaliada em 11,6 mil reais. Ela pesa 39 gramas e tem menos de 5 centímetros. Ela é formada por quase 92% de ouro.
A operação que apreendeu a pepita, vale lembrar, levou Valdemar Costa Neto para trás das grades. Na ocasião, o ex-deputado mantinha uma arma de forma ilegal em casa. Ele é um dos suspeitos de participar da trama golpista articulada para manter Bolsonaro no poder após a derrota para o presidente Lula (PT) em 2022.
Fonte: Terra.com
