
A salvação não pode ser coletiva. “A gente começa a salvar a humanidade salvando uma pessoa de cada vez, o resto todo é delírio romântico ou político.”
(Charles Bukowski). LEGADO DIGITAL
Nós vivemos a modernidade líquida, um conceito de Zygmunt Bauman, para a sociedade contemporânea, que acredita ser fluida, volátil e dinâmica, em que relações, instituições e identidades não são duradouras, enfim tudo é mutável. Num mundo assim, onde os valores também mudam, não há como não se perguntar que legado vamos deixar. Mas, o conceito de legado, frequentemente, se associa à riqueza ou realizações, embora, na verdade, seja muito mais. É, de fato, tapeçaria rica de influências, ensinamentos, momentos, dores e prazeres tecidos ao longo de toda uma vida. Legado é mesmo o que se escolhe viver e compartilhar, o que consideramos importante deixar como pessoa. Talvez a vaidade de ser capaz de inspirar pessoas, e as grandes personalidades de inspirar gerações futuras, moldando percepções e ações. O legado pode ser visto nas vidas de quem a pessoa esteve presente, nas mudanças positivas promovidas e nos exemplos que se deseja dar. As pessoas nem sabem quais memórias podem deixar para entes queridos ou como impactar os outros. Afinal o que dizemos ou queremos não é o que os outros recebem. A comunicação sempre possui interpretações, falhas, ruídos. Toda esta divagação vem de que assisti um dos episódios de uma série da MegaChanel denominada de “O Maestro e o Mar”, disponível na Netflix, tendo o ator Chistopher Papakaliatis como diretor e roteirista, além de protagonista principal. É uma bela série que conta a história de um músico vai trabalhar numa ilha pitoresca e, aparentemente calma, para preparar um festival de música e acaba se envolvendo com a vida e os problemas dos moradores do local. Mas, o interessante é que, num dos episódios, um dos personagens fala sobre deixar o seu legado digital, o que vai acumulando num celular, para deixar para alguém depois de sua morte. Irônico é que deixe o celular cair na beira de uma montanha, mas a ideia de um legado digital é muito, muito interessante.
GREVE DO ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA EXPÕE PROBLEMAS DE FALTA DE RECURSOS PARA MANUTENÇÃO DA INFRAESTRUTURA
No último dia 21 de maio (terça-feira) ocorreu um encontro de conselheiros da Universidade Federal de Rondônia (Unir) com o a finalidade de discutir a proposta de cancelamento do ano letivo de 2024 por conta da greve de professores e técnicos em andamento. Os conselheiros, quase por unanimidade, votaram pela manutenção do ano letivo. E ficou patente que há muita desinformação em referência à greve. Apesar de, em Porto Velho, o Campus José Ribeiro Filho estar quase deserto (apenas com alguns cursos mantendo as aulas e grande parte dos professores indo participar de reuniões ou palestras), o que se observa é que há um cenário de paralisação que não é muito compreensível. Isto porque muitos professores não aderiram à greve, forçando os alunos a estarem em sala de aula e, em alguns casos, apenas uma vez por semana. O entendimento dos conselheiros deixou claro que quem ministrou as aulas até este momento não as perde e nem as perderá. Alguns dos professores que se mantém dando aulas o fazem, segundo comentam, “porque a greve não vai adiantar nada. O governo atual está se lixando para professores, técnicos e o ensino superior. E pouco vai se importar que todas as universidades federais permaneçam em greve. Eles arrumam dinheiro para qualquer coisa: parlamentares, precatórios, bancos, para manter subsídios. Para educação, nunca existe dinheiro”. Não deixam de ter razão, pois com 5 semanas de greve o governo não procura negociar. A proposta apresentada pelo governo, para muitos, é uma afronta. Apesar de uma enorme defasagem dos salários, com mais a acumulação da inflação, o governo insiste em nada oferecer em 2024 e, de fato, nem procura recompor as perdas. Também foi levantado na discussão que a paralisação nacional não reivindica somente o aumento salarial, mas também melhorias na UNIR e nos campi exigindo que se tenha minimamente atender condições para manter a universidade. Foram expostos problemas como os de segurança, de evasão dos estudantes, o que põe a Universidade Federal de Rondônia em alerta. Sem discentes, o Ministério da Educação (MEC) pode decidir pelo fechamento de cursos. E sem cursos, a verba que já vem sendo reclamada pelos servidores cairia ainda mais. Há problemas tanto de recursos, quanto gerenciais, que, aliás, não provém da atual gestão, pois a UNIR não tem contratos básicos, como os de manutenção elétrica ou “não teria dinheiro para trocar um ar-condicionado da sala de aula”. Enfim, o que os conselheiros revelaram é que, infelizmente, o ensino superior de Rondônia enfrenta uma grave crise de sustentabilidade.
1º WORKSHOP CONEXÃO RH 2024
Acontece no próximo dia 13 de junho, uma promoção do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-Instituto Fecomércio/RO, com o apoio da Confederação Nacional do Comércio – CNC, o 1º Workshop Conexão RH 2024, no Hotel Golden Plaza, em Porto Velho. Este evento se destina a profissionais de Recursos Humanos dos setores de Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Será uma oportunidade única para os profissionais de RH compartilharem experiências e participar de palestras inspiradoras e dinâmicas interativas, além de conhecerem melhor o Sistema Fecomércio, sua função representativa para as empresas e os inúmeros benefícios oferecidos aos trabalhadores do comércio. O workshop promoverá a atualização e a conexão com as tendências mais relevantes do setor, expandindo redes de contatos entre líderes de RH e explorando práticas e estratégias inovadoras.