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Porto Velho, Rondônia – 12 de junho de 2025 – A BR-364, um dos principais corredores de escoamento de produção em Rondônia, foi totalmente liberada ao tráfego de veículos próximo a Cujubim na manhã desta quinta-feira (12), após dias de bloqueio intermitente. A liberação ocorreu após um acordo inicial entre os produtores rurais manifestantes e as autoridades. Contudo, o clima na região ainda é de alerta, com os manifestantes mantendo a concentração e a ameaça de um novo bloqueio caso as demandas não sejam atendidas.
O protesto, iniciado por produtores rurais do setor Soldado da Borracha e outras áreas próximas, tinha como principal reivindicação a revogação de decretos de criação de estações ecológicas e a liberação de Guias de Trânsito Animal (GTAs), essenciais para a comercialização do gado. Os manifestantes alegam que estão impedidos de trabalhar e que os embargos ambientais são arbitrários, causando grandes prejuízos econômicos.
De acordo com informações obtidas junto a fontes locais, com a nova reunião entre os acampados nesta quinta-feira (12), ainda pela manhã, no próprio terreno do acampamento. A decisão de liberar a rodovia demonstra um sinal de boa-fé dos produtores, mas o "campo não vai recuar sem resposta concreta das autoridades", segundo uma liderança do movimento.
O senador Marcos Rogério (PL-RO) e o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), Alex Redano e deputada Dra. Taíssa, já haviam se manifestado em apoio aos produtores, cobrando a mediação do Governo do Estado para a resolução do impasse. Redano, inclusive, esteve reunido com os manifestantes e reafirmou o compromisso da ALE-RO em buscar segurança jurídica para as propriedades rurais.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou o protesto, monitorando o trânsito e garantindo a segurança. Embora a rodovia esteja fluindo normalmente neste momento, o aviso é claro: se o acordo não sair do papel e as demandas dos produtores não avançarem, o bloqueio da BR-364 pode ser retomado na próxima semana. A situação segue sendo acompanhada de perto pelas autoridades e pela população, que aguardam por uma solução definitiva para o conflito fundiário que afeta a região de Cujubim.
Redação Diário O Norte