
Não preparou mesmo. “A evolução não nos preparou para o mundo em que vivemos” (Daniel Kahneman).
NOVO SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO RECEBE REPRESENTANTES DO COMÉRCIO
Os diretores do Sindicato dos Representantes Comerciais Autônomos e de Representações de Rondônia (Sirecom) na manhã da sexta-feira (18) foram recebidos pelo novo Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Lauro Fernandes, e o secretário-adjunto da pasta, Francisco Parente.José Honório, presidente do Sirecom, deu as boas-vindas aos novos dirigentes e discutiu questões de interesse do sindicato e do setor produtivo rondoniense. Os principais tópicos incluíram a isenção do IPVA para os representantes comerciais, a construção de um porto seco em Porto Velho e a realização da 2ª Expoturismo de Rondônia. A reunião na sede da Sedec contou com a presença do diretor do Sirecom, Arquimedes Nobre, da consultora executiva da Fecomércio-RO, Cileide de Macedo, da coordenadora sindical da Fecomércio, Rosalva Ferreira, e do consultor jurídico da Federação, o reconhecido advogado Paulo Rogério José.
GIRASSOL PRETENDE “TOCAR O CORAÇÃO DO PÚBLICO”
A campeã do ano passado do Arraial Flor do Maracujá 2024, a quadrilha Girassol a Explosão do Norte, que, este ano celebra 21 anos de história promete uma grande apresentação, em 2025, com o tema “Contos que o povo conta”. Composta por 84 brincantes e um marcador em cena, com uma diretoria de 12 membros e uma coordenação composta por 35 pessoas que, em conjunto, cuidam de tudo, da produção artística ao figurino e à logística dos ensaios. O presidente, Berne Pereira, se orgulha do grupo. “A Girassol é fruto de muito trabalho e amor pela cultura popular. Ao longo desses 21 anos, sempre estivemos entre os primeiros colocados do Arraial. Também representamos Rondônia em eventos nacionais, mostrando que aqui temos talento e dedicação de sobra”. Já o marcador da quadrilha, Alan Verck, empolgado afirmou que “Este ano é muito especial para nós. Completamos 21 anos de história e escolhemos homenagear as raízes do nosso povo. O tema ‘Contos que o povo conta’ vai levar para a arena narrativas que misturam magia, humor e sabedoria popular. Estamos preparando um espetáculo que vai tocar o coração do público”.
EXEMPLO DE NEGÓCIO REGIONAL COM CRIATIVIDADE
Valdeniza de Lima, da Val Alimentos, uma empresária de Boa Vista, ganhou projeção nacional ao conquistar o 2º lugar no “Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024”, como Microempreendedora Individual (MEI). Segundo ela, “Foi uma das maiores emoções da minha vida. Esse prêmio não é só meu, é de todas as mulheres que decidiram levantar todos os dias e lutar por um sonho”. O portfólio da Val Alimentos, que se baseia na produção artesanal com frutos regionais como tucumã, pupunha, coxá e buriti, apresenta 15 produtos autorais, entre molhos apimentados com tucumã e buriti, geleias com cupuaçu e pimenta, doces regionais e conservas exclusivas, desenvolvidos com receitas de sua família. Os produtos são comercializados em feiras, pontos parceiros e por encomenda direta, com a pretensão de ter uma loja virtual ainda em 2025. Com o prêmio, um projeto que começou numa cozinha de 4 metros, está, agora, buscando à certificação sanitária e de procedência, com o objetivo de entrar no mercado internacional. A trajetória de Valdeniza é um exemplo do potencial de transformação do empreendedorismo.
INFLAÇÃO ALIMENTAR DEVE PUXAR PARA CIMA O IPCA
É, no mínimo, estranho que a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, tenha caído 5,17% para 5,10% este ano. É o que aponta o Boletim Focus, mas, mesmo com a economia brasileira perdendo folego, com a queda do PIB trimestral e a retração do setor de serviços, responsável por cerca de 70% dos empregos, o que se vê é o índice acumulado em 12 meses alcançar 5,35%. E com o tarifaço de Trump, fica claro que a inflação tende a aumentar, pois, com o dólar em alta, muitos dos custos internos das empresas ficarão maiores e serão repassados para os consumidores. A leve queda dos alimentos do mês passado deve ser seguida de uma reaceleração que atinge também as carnes, devido ao repasse atrasados de custos. Outros itens que também ajudaram na estabilização dos preços, como, por exemplo, tubérculos, raízes e legumes, devem dar uma força adicional no quarto trimestre. No caso do tomate, a safra de inverno enfrenta quebra de produtividade no Sul, frio intenso e úmido nas regiões de altitude e atraso no ciclo. O tomate e o café também fazem parte do problema. De forma que, alguns economistas, já reacendem a hipótese de que a inflação alimentar pode se aproximar de dois dígitos nos próximos meses.
O FATURAMENTO DO SETOR ATACADISTA CRESCE POR MEIO DAS GRANDES EMPRESAS
O Termômetro ABAD/NielsenIQ mostrou que o faturamento, em termos nominais, do setor atacadista distribuidor cresceu +5,4% no 1º semestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Março, neste intervalo registrou o maior crescimento (8,4%) e junho o menor crescimento (+1,2%). Na comparação entre junho e maio de 2025, houve uma retração de -7%, comportamento também observado em 2024, quando o recuo foi menor de quase -5%. Como a inflação acumulada foi de 5,35% no mesmo período, o resultado nominal de 5,4% sinaliza um crescimento quase nulo em termos reais. Se bem que, nas atuais condições, manter um desempenho positivo do ponto de vista nominal pode ser considerado uma vitória. Não se pode esquecer o ambiente econômico muito desfavorável: juros elevados, instabilidade no consumo e incertezas na regulamentação da reforma tributária. Ainda assim, a cadeia de abastecimento continua funcionando bem e até mesmo demonstrando resiliência. Mas, preocupante é que verificar que, no desempenho por porte de empresa, as grandes empresas do setor, com faturamento acima de R$ 100 milhões, lideraram o crescimento, com +15,5% em junho. Na sequência, as empresas com receita entre R$ 25 e R$ 45 milhões (+10,4%). Depois é que o problema se agrava com os demais portes em retração: empresas com faturamento de até R$ 25 milhões recuaram -11,3%, e as entre R$ 45 e R$ 100 milhões tiveram queda de -9,6%.