
O Ministério Público de Rondônia obteve, na segunda-feira (15/9), a condenação de nove pessoas por crimes cometidos na Estação Ecológica Samuel (ESEC), no âmbito da Operação Canaã. As penas aplicadas variam de seis anos e seis meses a 14 anos e sete meses de reclusão, além de detenção e multas. Dois policiais militares também foram condenados à perda do cargo público.
A Operação Canaã foi resultado de investigações iniciadas em 2021 pela Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2). A apuração revelou organização criminosa estruturada em núcleos de liderança, recrutadores, braço armado, seguranças, acampados e financiadores.
O grupo atuava de forma coordenada para explorar ilegalmente terras públicas, loteando a unidade de conservação e vendendo áreas de forma clandestina. Parte dos recursos arrecadados era usada para a compra de armas de fogo e manutenção das invasões.
Estrutura criminosa
De acordo com a denúncia do MPRO, os líderes definiam a área a ser invadida, dividiam os lotes e coordenavam as tarefas dos demais integrantes. Pessoas em situação de vulnerabilidade social eram recrutadas para se instalar no local, enquanto financiadores (pessoas de considerável poder aquisitivo) adquiriam áreas com a finalidade de investir ou lavar dinheiro.A sentença destacou ainda a atuação de dois policiais militares, condenados por comércio ilegal de armas de fogo e participação na organização criminosa, que perderam o cargo por violarem seus deveres funcionais.
Gerência de Comunicação Integrada (GCI)