
É muito complicado, mas, até onde se sabe, é a única forma. “A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal” (Machado de Assis).
PANROTAS EXPÕE A CRISE DO TRANSPORTE AÉREO DE RONDÔNIA
É um fato inegável que todos os rondonienses que buscam viajar sentem no bolso que foi Rondônia quem registrou a maior redução na oferta aérea do país: uma queda, em dez anos, de 56% no número de voos e 46,5% no número de assentos em rotas domésticas, segundo a PanRotas e o Instituto Escudo Coletivo. Dos 6.017 voos domésticos, em 2015, estamos reduzidos a 2.650, 56% a menos. E uma redução dos assentos disponíveis de 788.158 para 421.626 (46,5%). É claro que também isto se deve a outros fatores como a pandemia e a crise das empresas aéreas que todas estão em recuperação judicial devido, em especial, aos elevados custos e a burocracia brasileira. Não se pode apenas culpar empresas que tentam sobreviver. As decisões que tomam de cortar operações não é apenas em relação à Rondônia, mas sim uma forma de buscar ter uma operação mais rentável. Assim não se trata de discriminação ou maldade da empresa e sim de estratégia de sobrevivência. Por exemplo, se a Azul anunciou cortes de voos no interior do estado, incluindo rotas entre Ji-Paraná, Porto Velho e Cuiabá, isto somente acontece como parte de um processo de recuperação judicial. As empresas enfrentam situações complicada com alta do dólar, custos operacionais elevados e crise na cadeia global de suprimentos. Acrescente-se que o custo do combustível e as taxas para operação são mais altas no Brasil. E, na nossa região, uma solução possível a aviação regional esbarra na falta de infraestrutura e de regulamentação que, no setor da aviação, continua atrasada em relação ao contexto mundial e impede uma maior concorrência. Mas, é preciso que haja um movimento visando cobrar soluções, principalmente do governo federal. Os impactos se refletem diretamente na nossa economia com passagens de custos elevados, escassez de voos diretos e horários reduzidos com qualquer voo exigindo múltiplas conexões, estendendo a duração das viagens. Hoje se tornou mais, por exemplo, vir à Rondônia do que viajar para o exterior, o que, convenhamos, é um absurdo e um grande empecilho ao promissor turismo estadual. A grande realidade é que a capacidade do governo estadual influir na questão é relativamente pequena e só uma união das lideranças políticas, se possível, com a ajuda dos estados vizinhos pode modificar este tipo de situação. O que se constata, hoje, é que o rondoniense enfrenta os custos mais altos, as maiores dificuldades e o pior momento das últimas décadas do transporte aéreo.
ESTRELAS DE RONDÔNIA BRILHAM NO SEBRAE AMAZôNIA DE MÚSICA
Rondônia concorreu em cinco categorias no Prêmio Sebrae Amazônia de Música realizado no último dia 26 de agosto no Theatro da Paz, em Belém do Para. A pianista Patrícia Yamazaki, de Porto Velho, havia sido indicada em duas categorias no Prêmio Sebrae Amazônia de Música 2025: Melhor Solista-Erudito e Artista Revelação, a cantora Gabriê disputou as categorias Pop e MPB, e o grupo Vision Apache concorreu como Melhor Artista de Música Urbana. Ao fim as duas artistas rondonienses voltaram para casa com troféus. A cantora Gabriê venceu na categoria Melhor Artista Pop. E a pianista Patrícia Yamazaki brilhou ao receber o prêmio de Melhor Solista Erudita. Entre os indicados, a grande aposta de Rondônia era em Patrícia Yamazaki, que se consolidou como um dos novos talentos do piano erudito na Amazônia. Sua indicação como Artista Revelação era ainda mais forte por ter sido definida pelo voto popular. Gabriê, cujo talento é inegável, disse que estava “transbordante de alegria”, mas fez questão de ressaltar que “esse prêmio não é só meu, ele é nosso. Ele representa a nossa força, a nossa identidade, e mostra o quanto Rondônia é um estado lindo, que pulsa arte, que merece ser visto e apreciado pelo mundo inteiro”.
RONDÔNIA CRESCE 10,8% EM TRÊS ANOS
A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) da população de Rondônia para 2025 informa que o Estado recebeu, em três anos, o número impressionante de 170.934 pessoas atingindo a marca de 1.751.950 habitantes, um crescimento de 10,81% em comparação com o Censo de 2022. Apenas Porto Velho (30% da população estadual) recebeu sozinha 57.296 novos moradores neste período, saltando de 460.413 para 517.709 habitantes. O agronegócio, o comércio e os serviços explicam a atração das cidades de Rondônia, em especial a capital e o eixo da BR-364.
IBGE DIVULGA QUE PIB DESACELERA NO 2º SEMESTRE DE 2025
Segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no 2º trimestre de 2025, uma desaceleração frente ao avanço de 1,4% registrado nos três primeiros meses do ano. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 3,2 trilhões, sendo R$ 2,7 trilhões de valor adicionado a preços básicos e R$ 431,7 bilhões de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Pela oferta, o desempenho foi puxado por altas nos serviços (0,6%) e na indústria (0,5%). A agropecuária (-0,1%) teve leve variação negativa. Na demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5%, enquanto o consumo do governo recuou -0,6% e os investimentos caíram -2,2%. Já as exportações cresceram 0,7%, enquanto as importações registraram queda de -2,9% no trimestre. Uma análise dos resultados é de que o PIB mostra a resiliência da economia, apesar do cenário difícil e dos sinais de desaquecimento. O agro, como esperado, teve um desempenho mais fraco, porém compensado pelo consumo das famílias e os serviços. É preciso ressaltar que o mercado de trabalho se mantém junto com os programas de transferência de renda ajudando a manter o PIB, mesmo sob a pressão da inflação. A indústria segue fraca e as exportações, o que pode não voltar a acontecer, surpreenderam pelo seu crescimento.
PREVISÃO DE AUMENTO DO SALÁRIO MINIMO É DE 7,44%
Na última sexta-feira (29) o Congresso Nacional recebeu o projeto da Lei Orçamentária de 2026 (PLN 15/25), que prevê, para o próximo ano, um salário mínimo de R$ 1.631,00– um aumento de 7,44% em relação ao atual, de R$ 1.518,00. O texto será encaminhado para a Comissão Mista de Orçamento e, em seguida, será votado pelo Plenário do Congresso Nacional. Segundo o projeto, as despesas primárias terão um aumento em torno de R$ 168 bilhões, o que permite um crescimento acima da inflação de 2,5%. O total será de R$ 3,2 trilhões, sendo que R$ 2,4 trilhões estão sujeitos ao limite do arcabouço fiscal. A maior parte do aumento das despesas prevista será para os gastos obrigatórios, principalmente a previdência social. As despesas que não são obrigatórias correspondem a apenas 7,6% do total dos gastos. O valor total do Orçamento é de R$ 6,5 trilhões; mas, neste total, além das despesas primárias, relativas à manutenção da máquina pública e investimentos, estão as despesas com a rolagem da dívida pública. O governo pretende economizar receitas de impostos para reduzir a dívida pública num montante de 0,25% do Produto Interno Bruto, ou R$ 34,3 bilhões. Para 2025, a meta é ter déficit zero.