Mais de 300 mil imóveis estão sem luz na região metropolitana e na capital

Na foto, funcionário da Enel fazendo conserto em poste de energia elétrica, após relatos de falta de luz.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão
A Enel informou que trabalha para restabelecer o fornecimento de energia elétrica na capital paulista e na Região Metropolitana até a noite de domingo, 14. O serviço foi afetado após a ventania registrada na última quarta-feira, 10.
Segundo dados do Mapa de Energia, atualizados neste sábado, às 12h50, cerca de 369 mil imóveis seguem sem luz no estado de São Paulo. No início do dia, o número era de 504 mil.
Em comunicado enviado ao Estadão, a concessionária afirmou que o vendaval que atingiu a área sob sua responsabilidade “foi o mais prolongado já registrado” na região e exigiu a mobilização de um número recorde de equipes para o restabelecimento do serviço: 1,8 mil profissionais.
Até o momento, o fornecimento já foi normalizado para cerca de 3,1 milhões de clientes afetados, “por meio de sistemas de automação e do trabalho intensivo das equipes em campo”, informou a empresa.
Ventos de até 98 km/h
A falta de energia começou a ser registrada na última quarta-feira, 10, após a passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul, cujos efeitos foram sentidos na cidade de São Paulo e na Região Metropolitana. A ventania, com rajadas que chegaram a 98 km/h, provocou quedas de árvores, cancelamento de voos e deixou vítimas ao longo da semana.
Segundo o Mapa de Energia, cerca de 2,2 milhões de imóveis ficaram sem fornecimento de energia elétrica na quarta-feira.
Justiça de SP determina religação imediatamente da energia sob multa de R$ 200 mil/h
A Justiça de São Paulo determinou, na sexta-feira, 12, que a Enel restabeleça imediatamente o fornecimento de energia elétrica na capital e na Região Metropolitana, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora. Mais de 500 mil residências e estabelecimentos seguem sem luz.
De acordo com decisão da juíza Gisele Valle Monteiro da Rocha, da 31ª Vara Cível do Foro Central, a concessionária tem prazo de até quatro horas para religar a energia em locais considerados essenciais, como delegacias, presídios e equipamentos de segurança; creches, escolas e espaços coletivos — especialmente em razão da realização de vestibulares e provas —; sistemas de abastecimento de água e saneamento, incluindo instalações da Sabesp e condomínios com bombas elétricas; e locais que concentram pessoas vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência.
Para os demais imóveis afetados desde o dia 9 deste mês, o prazo máximo estipulado é de 12 horas.
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