A transição da gestão do Hospital Regional Adamastor Teixeira de Oliveira (HRV) para o Governo de Rondônia representa uma mudança estratégica na organização da saúde pública para os moradores de Vilhena e de todo o Cone Sul. O processo, que teve início prático em maio de 2025, altera um cenário histórico em que o município de Vilhena, mesmo atuando como o polo receptor de pacientes de diversas cidades vizinhas, precisava arcar com a maior parte do custeio de uma unidade voltada a demandas de média e alta complexidade.
Essa reformulação no modelo de financiamento foi viabilizada após uma série de investimentos realizados pela administração municipal e pela Santa Casa de Chavantes, que focaram na modernização da infraestrutura e na ampliação da capacidade técnica dos serviços. Com a consolidação dessas melhorias, o Poder Executivo Estadual e a prefeitura formalizaram a pactuação que transferiu a responsabilidade pelo custeio integral para a esfera estadual. Na prática, a medida oferece um alívio fiscal ao município, permitindo que a prefeitura redirecione recursos para o fortalecimento da Atenção Básica e das unidades de saúde nos bairros.
Apesar dos avanços estruturais, a transição enfrentou obstáculos recentes. A partir de outubro, ajustes orçamentários internos na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) provocaram instabilidades nos repasses financeiros. Contudo, a gestão municipal informou que o diálogo com o governo estadual está avançado para assegurar a regularidade dos pagamentos e evitar interrupções nos atendimentos. Atualmente, a operação hospitalar segue sob responsabilidade da Santa Casa de Chavantes, com contrato vigente até o fim de janeiro de 2026 e previsão de prorrogação por mais seis meses.
Redação Diário O Norte
