
Estamos caminhando muito bem neste sentido. “O verdadeiro perigo não é que os computadores comecem a pensar como homens, mas que os homens comecem a pensar como computadores” (Sidney Harris).
PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICA PARA A CADEIA PRODUTIVA DO LEITE
Na segunda-feira (15), no auditório da Associação Comercial e Industrial de Ariquemes (ACIA), aconteceu a audiência pública sobre a crise da pecuária leiteira em Rondônia. Durante o encontro promovido pela Assembleia Legislativa do Estado (ALE-RO), a Associação dos Pecuaristas de Rondônia (APRON), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (FAPERON) e a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Rondônia (FETAGRO) entregaram uma Proposta de Plano de Ação Estratégico para a Cadeia Produtiva do Leite de Rondônia. O documento feito de forma coletiva, aponta estratégias para dar resposta à queda acentuada da produção, à redução do rebanho ordenhado, aos preços pagos ao produtor abaixo do custo de produção e à perda de competitividade do setor frente a outros estados. Também foram apresentados dados que evidenciam o agravamento da crise, com a redução superior a 59% no número de vacas ordenhadas desde 2018, a queda da produção diária de leite e a discrepância entre o preço de referência definido pelo Conseleite e os valores efetivamente pagos aos produtores no campo. Para o presidente da APRON, Adélio Barofaldi, o plano é um passo para mudar o setor. “Não se trata apenas de um diagnóstico. É um documento técnico, construído a partir da realidade do campo, que aponta caminhos viáveis para devolver competitividade, renda e dignidade ao produtor de leite de Rondônia”.
PROIBIDA A RECONSTITUIÇÃO DE LEITE EM PÓ IMPORTADO
Por falar em leite a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou o Projeto de Lei 1197/25, de autoria do deputado Ismael Crispin, subscrito pelo presidente da Casa, deputado Alex Redano, e pelos deputados Jean Mendonça e Cláudia de Jesus, para proibir, no estado, a reconstituição de leite em pó e de outros derivados lácteos de origem importada quando destinados ao consumo alimentar humano. Segundo a justificativa a medida representa um avanço na valorização da produção leiteira regional e no fortalecimento da agroindústria local, ao coibir práticas que afetam diretamente a competitividade dos produtores rondonienses. Pelo texto aprovado, fica vedada a reconstituição, por indústrias, laticínios e demais pessoas jurídicas, de produtos como leite em pó, composto lácteo em pó, soro de leite em pó e outros derivados lácteos importados, quando destinados ao consumo alimentar. A exceção prevista na lei se aplica exclusivamente aos produtos destinados diretamente ao consumidor final, para uso doméstico, comercializados no varejo e devidamente rotulados, conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
CONTRADIÇÃO GRITANTE
As palavras são do próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para dizer que o governo e a economia vão bem: Um quarto da população, ou seja, 25% da população brasileira é beneficiada por programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e outros. Que país pode ir bem se uma parte tão grande da população sobrevive às custas dos outros que trabalham? Pior é que a dívida bruta do Brasil subiu 7% no governo Lula e atingiu 78,6% do PIB (Produto Interno Bruto). Em valores, está quase no nível que os economistas apontam como de insolvência: de R$ 10 trilhões. O déficit nominal do setor público consolidado–formado por União, Estados, municípios e estatais– somou R$ 1,025 trilhão no acumulado de 12 meses até outubro. E ainda teve a coragem de dizer que o mercado de trabalho está no seu melhor momento histórico. Ora se a População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil, que inclui pessoas ocupadas e desocupadas em idade de trabalhar (15 a 64 anos), é de 108 milhões de pessoas c dados mais recentes apontam que 22 milhões recebem bolsa família mais 30 milhões de aposentados e pensionistas, mais 12 milhões de funcionários públicos, ou seja, o governo é responsável pela manutenção de 64 milhões de pessoas aproximadamente. E se, até o final de 2025, teremos 48,99 milhões de vínculos formais ativos, então, supostamente, teríamos cerca de 59 milhões de trabalhadores disponíveis ou, mesmo tirando 22 milhões do bolsa família, 37 milhões de pessoas sem ocupação. Só a fábula da forma de medição pode sustentar que estamos num momento bom para empregos. E para completar os que existem estão exigindo qualificações que faltam na mão de obra disponível no mercado.
MAIOR LONGEVIDADE EXIGE MAIOR PLANEJAMENTO
Um problema recorrente para as famílias brasileiras é de que com o aumento da expectativa de vida, que segundo o IBGE chegou a 76,6 anos em 2024, cresceu a importância de um planejamento financeiro para garantir qualidade de vida no pós-aposentadoria. E o que se verifica até hoje é a pouca atenção que os brasileiros dão ao problema. Quem sinalizou muito bem isto foi uma pesquisa da Serasa, com 1.052 pessoas aposentadas ou prestes a se aposentar, mostrando que 60% dos brasileiros só começam a planejar a aposentadoria cinco anos antes de parar de trabalhar e que 37% não fizeram nenhum planejamento financeiro e, um resultado muito negativo, 53% precisam continuar trabalhando para complementar a renda. Só 30%, entre os que se organizaram, buscaram formas de aumentar a renda antes dos cinco anos que antecederam a aposentadoria. evidenciando a necessidade de orientação especializada. Em suma: o brasileiro, na sua grande maioria, não tem nenhum plano financeiro para aposentadoria o que aumenta o tamanho do problema quando aumenta também a longevidade. É preciso que o problema seja ressaltado e que haja uma maior orientação para que as pessoas organizem o orçamento com antecedência para ter mais tranquilidade nessa fase da vida, especialmente para poder lidar com despesas de saúde, que são um dos principais motivos de desequilíbrio financeiro na maturidade.
