O transporte de cargas no Brasil enfrenta um novo risco de paralisação. Setores de caminhoneiros autônomos estão organizando uma paralisação nacional com previsão de início para esta quinta-feira, 4 de dezembro.
O movimento, que não conta com o apoio das principais entidades sindicais, é impulsionado pelo descontentamento da categoria com questões como condições de trabalho e cumprimento de leis federais.
Para o leitor de Rondônia, a situação é de alerta, visto que o estado é um corredor logístico crucial para o escoamento da produção e o abastecimento da região Amazônica. Qualquer bloqueio nas principais rodovias, como a BR-364, pode afetar rapidamente o fornecimento de combustíveis e produtos na capital e no interior.
Quem está por trás da mobilização?
A greve de amanhã está sendo coordenada, majoritariamente, por lideranças de caminhoneiros autônomos e não pelas grandes federações e sindicatos patronais.
As principais entidades representativas da categoria se manifestaram publicamente, negando a adesão e afirmando que não há convocação oficial para a paralisação. Essa divisão sugere que o impacto da mobilização dependerá da adesão individual dos motoristas nas estradas.
A pauta de reivindicações
O movimento de paralisação tem uma pauta clara focada nas necessidades da categoria, buscando pressionar o governo federal a implementar melhorias estruturais no setor.
As principais reivindicações dos organizadores incluem:
- melhores condições de trabalho: Cobrança por segurança e infraestrutura nas rodovias.
- cumprimento da legislação: Exigência de aplicação efetiva das leis que regem a profissão, como o tempo de descanso.
- estabilidade contratual: Busca por maior segurança para caminhoneiros autônomos em relação aos contratos de frete.
- aposentadoria especial: Demanda por regras que reconheçam a natureza de risco e o desgaste da profissão.
Os organizadores da paralisação informaram que pretendem protocolar uma ação para legalizar a manifestação, buscando se proteger de multas ou retaliações por parte das autoridades competentes.
Redação Diário O Norte
