O Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), em Porto Velho, foi interditado pela Vigilância Sanitária na última sexta-feira, dia 28 de novembro, após um grave surto de intoxicação alimentar que afetou mais de cem acadêmicos e servidores da instituição. A contaminação ocorreu após um jantar servido na noite da quinta-feira, 27 de novembro.

Comunidade acadêmica se mobiliza em busca de atendimento
Os problemas de saúde pública tiveram início quando dezenas de estudantes e servidores relataram sintomas severos, como diarreia, vômito e desidratação, após consumirem a refeição no local. Diante da rápida escalada de casos, a Associação dos Docentes da UNIR (ADUNIR) fez a denúncia formal à Vigilância Sanitária Municipal, resultando na interdição imediata do estabelecimento no dia seguinte.
Para dar suporte aos atingidos, a UNIR, o Centro Acadêmico de Medicina e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) organizaram uma força-tarefa de atendimento.
Mutirão coleta amostras para identificar agente
No sábado, dia 29 de novembro, foi realizado um mutirão de atendimento na Unidade de Saúde do bairro Mato Grosso. A iniciativa teve como objetivo não apenas o acolhimento clínico e avaliação dos pacientes, mas principalmente a coleta de amostras necessárias para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) identificar o agente etiológico (bactéria ou vírus) responsável pela intoxicação em massa.
A Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis (Procea) da UNIR se manifestou por meio de comunicados, confirmando a situação e informando sobre as providências de suporte aos estudantes, como o deslocamento de veículos para unidades de saúde.


Histórico sanitário preocupa
A crise sanitária no RU eleva a preocupação sobre as condições de higiene no campus. O surto atual é o segundo caso de problemas de saúde pública na universidade em um curto período. Em outubro, o campus já havia sido alvo de críticas após estudantes adoecerem pela ingestão de água contaminada por uma carcaça de animal em uma caixa d’água de um bebedouro.
A reincidência de problemas sanitários exige uma fiscalização mais robusta dos órgãos municipais e estaduais para garantir a segurança alimentar e hídrica de toda a comunidade acadêmica.
Redação Diário O Norte
